52 - TIPOS DE INDÚSTRIAS


TIPOS DE INDÚSTRIAS

As indústrias, produtos típicos do capitalismo, estão distribuídas, no planeta, de maneira desigual, pois tendem a se concentrar nas regiões onde há fatores favoráveis à sua implantação. 

Esses fatores são:

- EXISTÊNCIA DE MATÉRIAS PRIMAS

- A PRESENÇA DE FONTES ENERGÉTICAS -a Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, teve como um dos motivos a presença de jazidas de carvão da própria Grã-Bretanha. Modernamente, com o desenvolvimento dos meios de transporte, combustíveis e outras fontes de energia são mais facilmente trazidos das áreas de extração para as zonas industriais

- EXISTÊNCIA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA

- MERCADO CONSUMIDOR - de fato, os empresários capitalistas preferem localizar suas fábricas em áreas próximas ao mercado consumidor, fundamentalmente ao redor das grandes cidades

- TRANSPORTES - como as indústria dependem da vinda de matérias primas e do escoamento de seus produtos, elas necessitam de boas redes de transporte

- REDE DE COMUNICAÇÕES - as empresas contemporâneas precisam constantemente de informações sobre inovações tecnológicas, aumento e diminuição de preços, alta e baixa nas Bolsas, etc. Daí a necessidade de uma boa rede de comunicações: telefone, fax, computadores ligados a Internet, etc.

- INCENTIVOS FISCAIS - os industriais preferem instalar suas empresas em regiões ou países que facilitem suas operações por meio da diminuição dos impostos e tributos. Este alívio da carga tributária aumenta os lucros das empresas. Os governos proporcionam essa isenção tributária por dois motivos: as indústrias geram empregos solucionando problemas sociais, e, a longo prazo, mesmo com a inicial diminuição dos impostos, os governos acabarão por arrecadar mais.

- PRESENÇA DE ÁGUA


TIPOS DE INDÚSTRIAS

As indústrias se dividem em três tipos: indústrias de bens de capital ou bens de produção (departamento 1) ; indústrias de bens de consumo não durável (departamento 2) e indústrias de bens de consumo durável ou de luxo (departamento 3).

INDÚSTRIAS DE BENS DE CAPITAL OU DE PRODUÇÃO 

PRODUTOS - as indústrias de bens de produção são chamadas de indústrias de base ou pesadas. Seus produtos constituem a infraestrutura de todas as outras indústrias, pois elas criam os bens que vão permitir a operação de outras indústrias: aço, produtos petroquímicos, cimento, etc. As indústrias de bens de capital - indústrias intermediárias - utilizam os bens de produção para criarem equipamentos e máquinas para outras indústrias. Exemplo: uma indústria de bens de produção produz aço; uma indústria de bens de capital usa esse aço para fabricar um torno mecânico. 

As indústrias de bens de produção e de capital são a base econômica dos países industrializados. Em outras palavras, nenhuma nação terá uma industrialização efetiva se depender da importação de bens de capital e bens de produção. 

INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEL

PRODUTOS - bens de rápido consumo, que duram pouco pois logo se desgastam. Exemplos: sabonetes, bolachas, roupas, sapatos, etc. 

Os bens de consumo não duráveis também são chamados de "gêneros populares", pois, mesmo nos países subdesenvolvidos, uma boa parte da população tem acesso a eles, já que seus preços não são extremamente altos. É claro que as camadas sociais mais pobres, nas nações do "terceiro mundo", tem dificuldades em adquiri-los. 

INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO DURÁVEL

PRODUTOS - artigos de luxo, tais como automóveis, televisores, aparelhos de som, computadores, videocassetes, telefones celulares, etc. 

CONSUMIDOR PADRÃO - Nos países desenvolvidos, esses bens são acessíveis a maior parte da sociedade, em função dos bons salários que caracterizam essas comunidades; já nos países subdesenvolvidos, o consumo desses produtos é um sinal de prosperidade, em função do abismo que existe entre as diversas classes sociais. Muitos economistas denominam esse tipo de indústria, nos países pobres, de "industrialização restritiva", pois é dirigida ao limitado número de consumidores - classes médias, médias altas e burguesia.

AS CONCENTRAÇÕES INDUSTRIAIS

Ao conjunto de duas ou mais empresas fabris se dá a denominação de concentrações industriais. Estas podem ser de dois tipos:

PARQUE INDUSTRIAL

Os Estados Unidos da América, o Canadá, a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha, a Rússia, o Japão e a China são os maiores parque industriais do mundo.

No Brasil, o parque industrial é o conjunto de todos os estabelecimentos fabris existentes no país.

COMPLEXO INDUSTRIAL

Um complexo industrial é um grande parque industrial onde se encontram fábricas diversificadas, ou seja, produtoras dos mais diferentes bens.

Alguns dos maiores complexos industriais do mundo são o Vale do Ruhr (Alemanha), a Bacia do Tâmisa (Inglaterra), a região industrial ao redor de Moscou (Rússia) e a área dos Grandes Lagos (EUA). Em nosso país, o maior complexo industrial localiza-se na região metropolitana que abrange as cidades de São Paulo e do ABCD - Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.

O maior complexo de indústrias de "tecnologia de ponta" do mundo é o "vale do silício" na Califórnia (EUA).

DISTRITO INDUSTRIAL

Na maioria dos países industrializados, existem distritos industriais. Esses são espaços reservados para indústrias, normalmente bem longe das cidades. Interessadas em trazer indústrias para as suas regiões, as prefeituras organizam a distribuição das fábricas, delimitando áreas de seus municípios para a instalação dos distritos industriais.

No Brasil, os nossos mais importantes distritos industriais são: Betim e Contagem (Minas Gerais); Aratu e Camaçari (Bahia); Duque de Caxias e Volta Redonda (Rio de Janeiro); Paulínia e Cubatão (São Paulo) e Canoas e Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul).




Divisão Internacional do Trabalho (DIT)

A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é uma divisão produtiva em âmbito internacional. Os países emergentes ou em desenvolvimento que obtiveram uma industrialização tardia e que possuem economias ainda frágeis e passíveis de crises econômicas oferecem aos países industrializados um leque de benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão-de-obra abundante, entre outros.

A Divisão Internacional do Trabalho direciona uma especialização produtiva global, já que cada país fica designado a produzir um determinado produto ou partes do mesmo, dependendo dos incentivos oferecidos em cada país. Esse processo se expandiu na mesma proporção que o capitalismo. Nesse sentido, um exemplo que pode ser usado é a montagem de um automóvel realizada na Argentina, porém com componentes oriundos de diferentes países, como parte elétrica e eletrônica de Taiwan, borrachas da Indonésia e assim por diante. Isso ocorre porque cada país oferece certos atrativos. Desta forma, o custo do produto final será menor, aumentando os lucros.

A Divisão Internacional do Trabalho provoca desigualdades. Os países emergentes ou em desenvolvimento, como México, Argentina, Brasil e outros, adquirem tecnologias a preços altos, enquanto que os produtos exportados pelos países citados não atingem preços satisfatórios, favorecendo os países ricos.

A DIT corresponde a uma especialização das atividades econômicas em caráter de produção, comercialização, exportação e importação entre distintos países do mundo.

Antes desse processo vigorar no mundo, mais precisamente na década de 50, os bens manufaturados eram oriundos restritamente dos países industrializados, como Estados Unidos, Canadá, Japão e nações européias. Os países já industrializados tinham suas respectivas produções primeiramente destinadas ao abastecimento do mercado interno, e depois, o restante direcionado ao fornecimento de mercadorias industrializadas aos países subdesenvolvidos que ainda não haviam ingressado efetivamente no processo de industrialização.

Os países subdesenvolvidos tinham a incumbência de gerar matéria-prima com a finalidade de fornecê-la aos países industrializados.

Após a Segunda Guerra Mundial, muitas empresas, sobretudo norte-americanas, começaram a instalar filiais em diferentes países do mundo. Isso foi intensificado com o processo da globalização, que transformou muitos países subdesenvolvidos, que no passado eram meros produtores primários, em exportadores também de produtos industrializados, alterando as relações comerciais que predominavam até então.

Apesar da modificação apresentada na configuração econômica, os países da América Latina, Ásia e África, ainda ocupam destaque na produção de produtos primários.
O que os mantêm como produtores primários é principalmente o modo como os países subdesenvolvidos foram industrializados. Grande parte das empresas e indústrias existentes em países pobres é de nações desenvolvidas e ricas. Diante desse fato, todos os lucros adquiridos durante o ano não permanecem no território no qual a empresa se encontra, e sim, migra para o país de origem da mesma. Em outras palavras, as empresas transnacionais sempre buscam os interesses próprios sem considerar as causas sociais, econômicas e ambientais de onde suas empresas estão instaladas.
Um carro pode ter seus componentes oriundos de diferentes países.


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