O fim do socialismo?
A criação do socialismo como regime político-econômico visava sufocar e extinguir o sistema que vigorava no final do século XIX, o capitalismo. As ideias socialistas almejavam, na teoria, implantar uma sociedade mais justa e igualitária.
Os principais idealizadores do socialismo foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, após uma profunda análise no sistema capitalista eles proporam a estruturação de uma sociedade alicerçada no regime socialista.
A partir daí, as ideias do regime socialista se espalharam pelo mundo e muitos países as implantaram. No entanto, tais nações não instituíram o socialismo aos moldes propostos por Karl Marx e Friedrich Engels. Desse modo, o socialismo aplicado em diversas nacionalidades recebeu o nome pelos estudiosos de “socialismo real”, ou seja, aquele que realmente foi colocado em prática.
Na União Soviética e todo Leste Europeu foi instaurado o socialismo real, marcado principalmente pela enorme participação do Estado. Esse fato fez emergir, de certa forma, um sistema um tanto quanto ditatorial, tendo em vista que as decisões políticas não tinham a participação popular. A liberdade de expressão era reprimida pelos dirigentes, que concentravam o poder em suas mãos.
Com o excesso de centralização do poder, a classe de dirigentes, bem como os funcionários de alto escalão do governo, passaram a desfrutar de privilégios que não faziam parte do cotidiano da maioria da população; o que era bastante contraditório, pois o socialismo buscava a construção de uma sociedade igualitária.
Em todo o transcorrer da década de 80, a União Soviética enfrentou uma profunda crise, atingindo a política e a economia. Tal instabilidade foi resultado de diversos fatores, dentre os quais podemos destacar o baixo nível tecnológico em relação aos outros países. Isso porque o país investiu somente na indústria bélica, deixando de lado a produção de bens de consumo. Além, da diminuição drástica da produção agropecuária e industrial.
Diante dos problemas apresentados, a população soviética ficava cada vez mais descontente com o sistema socialista. A insatisfação popular reforçava o anseio de surgir uma abertura política e econômica no país para buscar melhorias sociais. O desejo de implantar um governo democrático na União Soviética consolidou a queda do socialismo no país. Fato que ligeiramente atingiu o Leste Europeu, que buscou se integrar ao mundo capitalista.
Hoje, praticamente não existem países essencialmente socialistas, salvo Cuba e Coreia do Norte. São ainda considerados socialistas: China e Vietnã. Aos poucos essas nações dão sinais de abertura econômica. Entretanto, mantém a centralização de poder num partido único, a falta de liberdade de imprensa e perseguições religiosas. Na China com o PCC (Partido Comunista Chinês) não pode haver liberdade de expressão, organização sindical ou protestos contra o Governo. Toda a mídia chinesa é controlada pelo Estado. A Organização RSF (Repórteres Sem Fronteiras) e outras entidades denunciam constantemente expulsões ou sumiços de jornalistas que divulguem fatos que contrariem o PCC. A RSF diz ainda que se houvesse liberdade de imprensa na China, a pandemia de 2020 do Vírus chinês não teria se alastrado tanto pelo mundo.
Fontes: RSF, Portas Abertas
Exercícios
01) Pesquise o que foi a "PERESTROIKA" e a 'GLASNOST":
02) "A expansão do liberalismo econômico no mundo se dá, hoje em dia, por uma país que também expande o conceito de concentração de poder em poucas mãos e tirania política, a China" C. Xavier
Você concorda com a frase acima? Explique:
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