quinta-feira, 30 de abril de 2020

Acordo Palestina-Israel


Essa semana Donald Trump anunciou sua proposta de “acordo” de paz entre palestinos e israelenses. O plano que tem tudo para nunca sair do papel, foi anunciado ao lado do primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu. Trump não convidou nenhuma autoridade palestina.
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Os principais pontos do acordo preveem:

- Jerusalém como a capital eterna e indivisível de Israel.
 A anexação das Colinas de Golã (região controlada por Israel desde a Guerra dos 6 dias)
- O controle e administração da bacia do Rio Jordão.
- A criação de um Estado Palestino sem exército. O Estado só seria reconhecido por Israel 4 anos após a assinatura do acordo.
- O Estado palestino seria formado por duas regiões encapsuladas dentro de Israel, ligadas por um túnel subterrâneo.
- O reconhecimento internacional dos assentamentos israelenses que hoje estão em regiões palestinas.
- A capital palestina ficaria na cidade de Abu Dis, região periférica da zona metropolitana de Jerusalém Oriental.
-Fica proibido o direito de retorno aos milhões de palestinos que vivem como refugiados no estrangeiro.
-50 bilhões de dólares em investimentos americanos no Estado Palestino.
- A criação de um polo industrial no Deserto de Neguev.
- A palestina fica proibida de participar de organismos internacionais sem a permissão de Estados Unidos e Israel.
- A palestina fica proibida de processar americanos e israelenses fora de cortes nos Estados Unidos ou Israel. Órgãos internacionais como a Interpol também não poderiam ser acionados pela #Palestina contra ambos.
- A dissolução do Hamas.





Fonte: Sputinik News

ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO CHINA BLUE

O documentário CHINA BLUE mostra o desenfreado mercado financeiro disputando espaços em todo o mundo. A indústria chinesa vislumbra tão somente o lucro em contrapartida menospreza os funcionários de forma degradante, tudo em nome da lucratividade impetrada pelo capitalismo globalizado.

Podemos observar a forma de gerenciar as fábricas de Jeans na China, com destaque para a forma desumana, onde são mascarados todos os direitos trabalhistas possíveis conforme a OIT – Organização Internacional do Trabalho, a exemplo os cartões de pontos com duas fazes, sendo uma registrando o horário real e a outra para atender as normas, sem falar que nunca a jornada de trabalho seria inferior a 12 (doze) horas.

Os empresários alegando a competição, onde o objetivo é alcançar custos reduzidos de produção e lucros cada vez maiores, a diminuição do preço do produto é alcançada pela subtração de direitos dos funcionários. As fábricas de Jeans optam por contratar a maioria absoluta de mulheres por ter nas mesmas a obediência necessária para explorá-las.

As denúncias de nada adianta, haja vista a fiscalização por parte do governo se confunde com os donos das fábricas, em muitos casos a descoberta do denunciante leva a punição do mesmo. Vimos que o primeiro salário fica retido para garantir a permanência do funcionário na fábrica, e o pior é que na maioria das vezes não sabe quanto vai receber.

O sistema Chinês, ao ignorar deliberadamente o sistema jurídico de proteção ao trabalhador, o empregador agride a própria dignidade humana, reduzindo os direitos fundamentais do trabalho, bem como o valor social do trabalho. O resultado é o completo desrespeito as regras trabalhistas devido à sobrevalorização do sucesso econômico em detrimento do funcionário.

Na busca incansável por mercados cada vez mais exigente por preço e qualidade, o trabalhador é visto apenas como um componente do preço do produto e as condições de trabalho oferecidas a ele apenas como mais uma despesa.

No cenário mundial, vê-se a conduta de certos países em pagar salários muito baixo e oferecer condições de trabalho miseráveis com o intuito de, reduzindo-se severamente os gastos com mão de obra, possa obter produtos com preços inferiores ao mercado internacional ou, então, que o custo da mão de obra dos trabalhadores locais seja a principal atração para que novos empreendimentos venham a se instalar.

A china segue um modelo intermediário de arrecadação de impostos, mesmo sendo um país comunista, sua economia está inserida no mundo globalizado. Desta forma, os instrumentos de arrecadação e controle do governo são parecidos com outras nações.

A China regula sua arrecadação de impostos via Ministério das Finanças, o que equivale ao Ministério da Economia em outros países. O item que gera maior porcentagem de arrecadação é o Imposto de Valor Agregado, o produto vai aumento de imposto a medida que vai sofrendo beneficiamento. Os impostos sobre atividades empresariais somam um percentual de 20% (vinte por cento).


quarta-feira, 29 de abril de 2020

Chongqing

Chongqing é uma cidade importante no sudoeste da China, com uma população urbana de quase 8,2 milhões. Localizada ao longo dos rios Jialing (à direita) com 1.119 km de extensão e o Yangtze (à esquerda), com 6.300 km de extensão. O contraste na cor da água se deve aos sedimentos transportados no rio, bem como pelas características do solo e relevo por onde os rios fluem.
Chongqing é um dos portos mais importantes do interior da China. A cidade é rota de inúmeros navios de cruzeiro, assim como um importante entreposto comercial, por onde passam carvão, matérias-primas e mercadorias em contêineres a bordo de navios de carga.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

BRIGA DE GIGANTES: AS RELAÇÕES ENTRE EUA E CHINA





As relações no sistema internacional nunca se fazem sozinhas: o crescimento de um país pode ser visto tanto como oportunidade quanto ameaça. O desenvolvimento de armamentos pode significar guerra em potencial, enquanto que assinar acordos e tratados podem fortalecer canais de cooperação. Definitivamente a interação entre os países tem suas consequências. Agora jogue nessa bagunça internacional duas das maiores economias da atualidade e uma história de afastamento e aproximação. O resultado é complexo.



Você sabia que, além de tudo, os EUA e China estão atualmente envolvidas em uma guerra comercial? Pronto pra entender a evolução desse relacionamento complicado e uma exposição do que isso pode significar para todas as economias do mundo, incluindo a do Brasil? Vêm conhecer a briga de gigantes que é as relações externas entre EUA e China.

UMA HISTÓRIA MARCADA POR IDEOLOGIAS


Podemos usar a Guerra Fria – quando o mundo estava dividido em dois polos, um lado comunista, comandado pela antiga União Soviética, e outro lado capitalista, comandado pelos Estados Unidos -, como ponto de partida para falar da relação histórica entre EUA e China. Em 1949, Mao Tse-Tung, anuncia a criação da República Popular da China, sob regime comunista, portanto, do lado oposto aos Estados Unidos na guerra. É por isso que os EUA, no momento, não reconheceram o novo regime chinês.

Alguns chineses nacionalistas, insatisfeitos com a nova situação do país, fugiram para Taiwan, reivindicando independência. Durante a Guerra das Coreias, a marinha estadunidense (lembrando o contexto de Guerra Fria) protege Taiwan dos possíveis avanços comunistas expressados pela Coréia do Norte. 

Podemos, então, perceber que a história da relação Estados Unidos x China é recheada de tensão e desentendimentos. Mas, houveram também, momentos de aproximação, principalmente no governo de Bill Clinton, que decidiu por não apoiar o movimento separatista de Taiwan. Nesse mesmo período chegaram inclusive a um acordo, em novembro de 1999, sobre a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC).

A entrada da China para a OMC foi uma das principais razões pela qual a economia chinesa pulou do nono lugar (em 1975), no ranking mundial, para segundo (em 2001), dois anos após o acordo da OMC, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Toda discussão seguinte, sobre a ameaça da economia chinesa e sobre a dependência econômica entre Estados Unidos e China é consequência desse boom de crescimento econômico do país asiático em tão pouco tempo.


DISPUTA PELO PRIMEIRO LUGAR


O crescimento da China assusta e abala a posição de conforto dos EUA no topo do sistema internacional. Isso significa que, cada vez mais, os Estados Unidos perdem sua posição como indiscutível potência hegemônica. E o que, de maneira simples, significa hegemonia? Bem, significa que os EUA têm relevância direta à nível global em áreas como economia, defesa e diplomacia, conferindo ao país influência internacional e, consequentemente, muito poder. E é contra toda essa influência mundial que a China propõe oposição, seja porque o PIB da China aumenta quase dez vezes mais rápido que o dos EUA, ou porque as despesas militares da China (tendo chegado, em 2011, um orçamento militar de US$ 91,7 bilhões) ameaçam ultrapassar as de Washington, e até porque, desde 2008, a China tem achado brechas nos países capitalistas fragilizados para se impor no cenário internacional.


EUA E CHINA: UMA RELAÇÃO DE INTERDEPENDÊNCIA


Você poderia pensar que isso se encaminharia para um conflito gigantesco, certo? Mas a resposta não é tão simples assim. A verdade é que esses dois gigantes são tão inimigos quanto dependentes um do outro. Em inúmeras áreas existe cooperação efetiva entre EUA E China: na luta contra o terrorismo, na tentativa de conter a proliferação de armas de destruição em massa ou na luta contra a crise financeira.

A realidade é que, por mais que essas duas economias disputem o cenário econômico mundial, elas não conseguiriam se sustentar nele sozinhas. A China, desde a década de 2000, tem investido muito fortemente no Tesouro norte-americano e se tornado uma das maiores exportadoras para a América. Isso, de maneira prática e simples, significa que é muito do dinheiro da China que estabiliza a economia dos EUA, tanto porque empresta dinheiro ao governo em troca de um tipo de remuneração, com juros (através do investimento no Tesouro), quanto porque faz dinheiro entrar no país (com as exportações).

De maneira complementar, é justamente a compra de produtos pelo mercado estadunidense que garante o que chamamos de superávit (altos níveis de exportação) na balança comercial chinesa e a estabiliza como uma das economias que mais exporta. A compra e a venda de produtos são extremamente necessárias, de formas diferentes, para os dois mercados.



Fonte: COMTRADE


A questão é complexa: como coordenar uma situação onde se relacionar com um país para garantir a sobrevivência da sua economia é também fazer com que a dele cresça? E como não deixar que esse crescimento te tire de sua posição de poder mundial? É por isso que os EUA parece esse país tão “indeciso”, que ao mesmo tempo que recebe produtos chineses, acusa o país de violar as regras de mercado, de concorrer de forma “desleal”. É uma relação paradoxal de “cuspir no prato que come”, pois ao mesmo tempo que “se alimenta” dos produtos chineses, acaba por alavancá-los, temendo que sejam superados por eles.


E o mais irônico dessa história toda é que foram as próprias potências que, no começo do desenvolvimento de Pequim, se envolveram em uma relação tóxica de dependência. Os EUA tiraram proveito de uma mão de obra de baixo custo e consumo barato, ao mesmo tempo que mandavam suas empresas poluentes para a Ásia. As empresas em território asiático eram oportunidade de emprego ao mesmo tempo que oportunidade de desenvolvimento para um mercado que era novo na economia global. Saldo final e duradouro: nos EUA e China, baixa nos empregos e ataque ao meio ambiente, respectivamente. “Parceria” essa que dura até os dias de hoje, com altos níveis de emissão de carbono e economias dependentes.

Contudo, a vantagem mais significante dos EUA em comparação aos chineses é a sua ideologia: enquanto a cultura norte-americana já é facilmente difundida por todo o mundo, a cultura asiática, caracterizada por um maior conservadorismo e tradicionalismo, não encontra tamanha abertura, até porque bate de frente com o “poder do Ocidente”, ou seja, tradições mais liberais. A cultura dos EUA é tão difundida ao redor do mundo que qualquer oposição causa estranheza a um mundo acostumado com liberdades, tanto política quanto econômicas.

A penúltima administração dos EUA, pelo ex-presidente Barack Obama, tinha estabelecido canais de diplomacia. Mas o atual presidente Trump parece ter outras ideias para essa relação complexa. Já ouviu falar de guerra comercial? A gente te explica.

A GUERRA COMERCIAL ENTRE EUA E CHINA


O atual presidente norte-americano, Donald Trump, carregou o combate aos produtos “made in China” como uma das maiores bandeiras de sua campanha, se justificando pelo objetivo de fortalecer a indústria nacional estadunidense, fazendo com que seja mais atraente aos norte-americanos consumir produtos nacionais que importados. No entanto, há indícios, segundo o jornal Carta Capital, de que existem outros motivos para além das medidas de proteção do mercado interno, como o fato de os Estados Unidos estarem se sentido ameaçados economicamente pela China.

Os EUA sempre tiveram um déficit comercial em relação às exportações com a China – isso quer dizer que a China exporta muito mais para os Estados Unidos que ao contrário. Antes do governo Trump, isso não era um grande problema para os norte-americanos. Se acreditava que as empresas americanas fixavam filiais em território chinês, pela mão de obra e preços mais baratos, e exportavam seus produtos de volta para os EUA, só que com o avanço do investimento da China em tecnologia e comércio, elas acabaram por perder competitividade (destaque no mercado) para as empresas chinesas.


O ponto de maior tensão comercial aconteceu durante o governo Trump, em 2018, quando os Estados Unidos impuseram tarifas de 25% sobre a importação de aço e 10% sobre a de alumínio. Mesmo a medida afetando outros países – inclusive o Brasil -, para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os chineses foram os alvos principais, por serem o maior parceiro comercial dos EUA. Desde de então, os gigantes travaram uma queda de braço de taxações, impostos e tarifas um sobre o outro.

Por enquanto, o conflito é taxado de guerrilha comercial, não guerra propriamente dita, pois nenhum outro país foi incluído de forma direta no conflito. Há, porém, um grande alerta sobre os rumos tomados pelo conflito, já que pode evoluir para algo mais sério caso não ocorra uma negociação.
Os acontecimentos dessa disputa

Desde seu início, em 2018, já se passaram mais de 440 dias de disputas comerciais entre Estados Unidos e China. Conforme trazido pelo portal China Briefing, o total de tarifas aplicadas exclusivamente a bens chineses chega a US$ 550 bilhões e o de tarifas aplicadas exclusivamente a bens estadunidenses chega a US$ 185 bilhões.

Podemos considerar essa disputa com início em 22 de janeiro de 2018, quando Trump anunciou sobretaxas sobre as importações de máquinas de lavar e painéis solares, que afetaram diretamente a China. Desde então, as barreiras tarifárias se seguiram:
Em março do mesmo ano, Trump anunciou sobretaxas de 25 e 10%, respectivamente, sobre as importações de aço e alumínio;
Em abril a China retaliou, com 25% de sobretaxas em 128 produtos estadunidenses;
No dia seguinte, Trump anunciou 25% de sobretaxas em US$ 50 bilhões em produtos chineses e a China retaliou da mesma forma em US$ 50 bilhões de dólares em produtos americanos. 
Novas tarifas de ambos os lados se deram pelo restante de 2018, e assim se seguiu até o meio de 2019;
Em junho de 2019, após uma reunião entre os presidente da China e dos Estados Unidos, durante reunião do G-20, uma trégua foi firmada;
Essa trégua durou pouco, e no mês seguinte, sob a alegação de que a China não cumpriu o acordo que fizeram n G-20, Trump anunciou novas tarifas, dessa vez de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses;
Em 5 de agosto a China anuncia a suspensão de produtos agrícolas dos Estados Unidos e desvaloriza sua moeda, que fez com que os Estados Unidos classificassem o país como manipulador cambial;


Novas tarifas continuaram sendo colocadas desde então, e não há previsão para uma normalização das relações econômicas entre ambos os países.

ESTARIA O EUA PERTO DE PERDER SUA INFLUÊNCIA MUNDIAL?



Até abril de 2018, as tarifas anunciadas ainda estavam apenas no estágio de ameaça, ainda não tinham entrado em vigor. Portanto, se esperava que os dois países pudessem entrar em acordo. Mas, caso a ameaça se concretize, é possível que as medidas protecionistas possam impulsionar os líderes tecnológicos chineses a tentar conquistar mercados antes dominados pelos EUA.

Seria a guerra então uma saída? Segundo o diretor da escola de investimentos internacionais do Grupo L&S, Liberta Global, Leandro Ruschel, a China não tem interesse nenhum em confrontos, pois seria muito mais afetada em termos de balança comercial (o total de exportações e importações de um país), já que sua economia é basicamente sustentada por exportações, 18% de tudo que a China exporta é comprado pelos EUA. No entanto, jornais chineses já falam sobre prejudicar a hegemonia dos EUA de forma permanente, colocando uma relevância mundial em Pequim como ator central do comércio global e um rival à altura dos EUA – mesmo que essas afirmações tenham um caráter de valorização própria.


Os presidentes de EUA e China, Donald Trump e Xi Jinping (Fonte: EXAME)



A guerra parece não ser uma opção para ambos os países. Mas então, o que fazer? Se continuar no caminho atual, os EUA talvez comecem a perder cada vez mais espaço no cenário. Continuar as retaliações comerciais? Essa também não parece ser a solução, ainda mais se considerarmos a possibilidade de afetar outros países. As relações das duas maiores potências afetam os países do mundo de forma significante e, se pensarmos no ditado africano, “quando os elefantes brigam quem mais sofre é a grama”, aqui, a grama são todos os países do globo assistindo uma briga entre duas das maiores economias da atualidade. A história da relação dual entre EUA e China ainda está longe de acabar.

Fonte: Politize 

terça-feira, 14 de abril de 2020

Eratóstenes e a Biblioteca de Alexandria



O mundo antigo guarda diversos mistérios, e o incêndio da biblioteca de Alexandria é um deles. A princípio, ela é uma das mais importantes e mais conhecidas bibliotecas da história. Ao passo que lá era coletado e produzido grande parte do conhecimento do mundo antigo. Além disso, ela serviu de inspiração para as universidades atuais. Assim como também abrigou a primeira escola de medicina do mundo.



Ela era localizada no coração da cidade de Alexandria, no Egito. Assim sendo, foi fundada no século 3 a.C. por Ptolomeu II, um dos sucessores de Alexandre, o Grande. No entanto, esse lugar que guardava tamanho estudo e conhecimento, foi destruído por um incêndio.


A biblioteca de Alexandria foi a mais importante do mundo. Mais exatamente de 280 a.C. a 416 d.C.. Além disso, era um valoroso centro de conhecimento, e estava localizado na cidade de Alexandria, ao norte do Egito, a oeste do Rio Nilo, às margens do Mediterrâneo.





De fato, Alexandre e os reis que o sucederam valorizavam muito o conhecimento. Ou seja, eles apoiavam fortemente a pesquisa e a erudição. Portanto, seus estudos e pesquisas na área da matemática e astronomia eram considerados grandes tesouros do seu império. Ele então mandou construir o Mouseion, que mais tarde viria a ser o que conhecemos hoje como museu. Então, lá era um local de pesquisas de várias áreas do conhecimento. No entanto, foi com Ptolomeu II que a biblioteca de Alexandria foi construída. Sendo assim, ele seguiu os passos de Alexandre, e, assim, construiu a biblioteca junto com o Templo das Musas (Museum).
O incêndio da biblioteca de Alexandria


Primeiramente, é indiscutível o fato de esse ser um dos maiores mistérios do mundo antigo. Portanto, a hipótese de ter sido um incêndio que destruiu a biblioteca de Alexandria existe porque não foram encontrados vestígios pelos historiadores. Não há registros arquitetônicos e nem vestígios arqueológicos que possam mostrar o que realmente aconteceu. Então, por conta disso, não se sabe ao certo quem o provocou.

Há várias histórias que podem ser realidade sobre o que aconteceu. Em primeiro lugar, uma delas conta que Júlio César, ao passar por Alexandria enquanto perseguia seu rival Pompeu, membro do Triunvirato integrado também por César e Crasso, conseguiu a cabeça do inimigo e o amor de Cleópatra, irmã de Ptolomeu XII. Além disso, envolvido pela paixão, ele toma o trono por meio da força, entrega-o à Rainha e aniquila todos os tutores do antigo rei, com exceção de um, que foge das garras de César. No entanto, estava determinado a não deixar sobreviventes. Portanto, manda incendiar todos os navios, incluindo os seus, para que ele não pudesse escapar pelo mar. Sendo assim, o fogo teria se ampliado e atingido uma fração da Biblioteca.






Outras versões que possuem provas que as comprovem. Primeiramente, temos a invasão muçulmana. De acordo com essa hipótese, a biblioteca de Alexandria teria caído por causa do califa Omar, quando seu exército invadiu a cidade em 640 d.C.


No entanto, existem registros que a biblioteca já estava sucumbindo antes mesmo disso, por conta de falta de investimentos. Outros ainda arriscam em afirmar que ela teria sido atacada pela Igreja Católica. Todas as versões tem registros, então, isso acaba dificultando a descoberta da verdade por trás desse mistério.


Perdas que o incêndio da biblioteca de Alexandria causou







Antes de mais nada, é importante enfatizar que é impossível mensurar o tamanho da perda que esse incêndio causou. No entanto, acredita-se que entre 500 a 700 mil rolos de papiro fizeram parte do acervo da biblioteca de Alexandria. Então, para isso, cerca de 100 funcionários trabalhavam no local.

Todavia, alguns fragmentos foram recuperados. E, sendo assim, dá pra ter uma noção da quantidade de conhecimento que foi privado às gerações seguintes, inclusive a nossa. Por exemplo, existem resquícios de que Aristarco de Samos havia escrito durante o século III a.C que era a Terra que orbitava em volta do Sol, assim como outros planetas. No entanto, levou cerca de dois mil anos para que Nicolau Copérnico “redescobrisse” o heliocentrismo, colocando sua ideia no mundo em 1530. Outro exemplo é a pesquisa de Heron de Alexandria, que criou um primeiro modelo de motor a vapor cerca de dois mil anos antes de James Watt.


Grandes nomes da biblioteca de Alexandria


Além do grande acervo de livros com conhecimentos de todo o mundo, existiam em seus centros de pesquisa nomes muito importantes para diversas áreas do conhecimento. Pode-se destacar:


– Eratóstenes, o bibliotecário-chefe de Alexandria, foi o primeiro que mediu a circunferência da Terra;


– Hiparco, considerado pai da astronomia, mapeou as constelações e mensurou a magnitude das estrelas;


– Euclides, considerado o pai da geometria;


– Ptolomeu, um dos maiores astrônomos de sua época, criou uma base para a astrologia de hoje;


– Herófilo, pai da anatomia e fundador da escola de medicina, identificou que o cérebro era responsável pela inteligência, e não o coração;


– Dionísio da Trácia foi quem organizou o esquema de oração que utilizamos hoje, com verbos, pronomes, substantivos etc;


– Hipácia: astrônoma e matemática, foi chefe da escola platônica de Alexandria.


Acordo Palestina-Israel

Essa semana Donald Trump anunciou sua proposta de “acordo” de paz entre palestinos e israelenses. O plano que tem tudo para nunca sair do ...